sábado, 5 de setembro de 2009

Da Sinceridade...

Qualidade né?! Será? Isso é uma questão muito apofântica. Existem tantas versões da realidade; tantas visões diferentes do mundo; quem disse que a sua verdade é a certa?

Existe uma linha muito tênue entre a sinceridade e a crueldade. Principalmente quando lidamos com as pessoas que nos amam, uma palavra nossa pode ganhar um efeito devastador e quando você achava que estava sendo honesto, sincero, fazendo bem em externar sua opinião para que o outro soubesse exatamente o que pensa, na verdade é só o puro egoísmo. Muitas vezes, a motivação é só se livrar daquilo que você pensou disparando como uma flecha sem se importar com o estrago que vai causar a quem ouve.

Não pense que sou a favor da mentira ou da omissão (que nada mais é que a versão covarde e mais cruel da mentira). Certas coisas precisam ser ditas, e uma pessoa de personalidade é uma de opinião formada e que sabe dizer “sim”, “não”, “gostei”, “não gostei”, etc., mas ninguém tem o direito de ferir o outro com as suas convicções. O que não for construtivo, o que não for para o bem, guarde para você; ou melhor, nem guarde. Descarte esse pensamento, esteja aberto a receber a outra visão do mundo e respeite os outros, principalmente a quem te ama.

Seja sincero consigo mesmo; reflita sobre suas ações e pensamentos e diga para você mesmo o que está errado e se aperfeiçoe. Não se engane, não crie ilusões, não fuja do que é real. Entre você e sua consciência não pode haver mais nada que a mais pura sinceridade, mas cuidado ao falar; as palavras são como flechas, depois de disparadas não tem volta mais e nenhuma segue uma trajetória idêntica. Saiba como, quando e com quem falar. Essas são as condições do ambiente que vão interferir na trajetória das suas palavras e não é incomum a gente mirar o cérebro, a razão e atingir mortalmente o coração, os sentimentos de quem nos amam.

Um comentário:

  1. É... Ler o texto depois de ter uma conversa tentando ser sincera e ficando brava por não entender meu ponto de vista realmente gera uma percepção bem contaminada sobre o conteúdo... Fiquei me questionando...
    Como então encontrar o equilibrio? Ser sincero a ponto de não ser cruel, mas também sem deixar de falar a verdade... No fim das contas a verdade geralmente dói... Escolhemos só de quem ouvir... da vida ou dos outros...
    Difícil não se contaminar com os sentimentos, seja de quem escuta, seja de quem fala. No fim das contas, a questão é realmente de perspectiva.
    Parafraseando vc "somos humanos" acho que no fim das contas o equilibrio somente se for divino... Certamente um assunto para muita discussão... Parabéns pelo blog... realmente de conteúdo... bjim

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